INTEGRANTES:
MATHEUS FELIPE
AYRTON PABLO
CARLOS YGO
GLEYDSON ADRIANO
LORENA BITTENCOURT
CLAUDIO ROGÉRIO
Nessa postagem nós falaremos de um dos maiores artista do barroco brasileiro o "aleijadinho" tinha esse apelido devido a uma doença degenerativa que provoca a perda dos membros – discute-se se sífilis, lepra, tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés.
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, nasceu em Vila Rica, hoje Ouro Preto MG, por volta de 1730. Era filho natural de um mestre-de-obras português, Manuel Francisco Lisboa, um dos primeiros a atuar como arquiteto em Minas Gerais, e de uma escrava africana ou mestiça que se chamava Isabel.
A formação profissional e artística do Aleijadinho é atribuída a seus contatos com a atividade do pai e a oficina de um tio, Antônio Francisco Pombal, afamado entalhador de Vila Rica. Sua aprendizagem, além disso, terá sido facilitada por eventuais relações com o abridor de cunhos João Gomes Batista e o escultor e entalhador José Coelho de Noronha, autor de muitas obras em igrejas da região. Na educação formal, nunca cursou senão a escola primária.
O apelido que o celebrizou veio de enfermidade que contraiu por volta de 1777, que o foi aos poucos deformando e cuja exata natureza é objeto de controvérsias. Uns a apontam como sífilis, outros como lepra, outros ainda como tromboangeíte obliterante ou ulceração gangrenosa das mãos e dos pés. De concreto se sabe que ao perder os dedos dos pés ele passou a andar de joelhos, protegendo-os com dispositivos de couro, ou a se fazer carregar. Ao perder os dedos das mãos, passou a esculpir com o cinzel e o martelo amarrados aos punhos pelos ajudantes.
PRODUÇÃO ARTÍSTICA
O Aleijadinho tinha mais de sessenta anos quando, em Congonhas do Campo, realizou suas obras-primas: as estátuas em pedra-sabão dos 12 profetas (1800-1805), no adro da igreja, e as 66 figuras em cedro que compõem os passos da Via Crucis (1796), no espaço do santuário de Nosso Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
O Santuário do bom Jesus do Matosinhos é constituído por uma igreja em cujo adro estão as esculturas em pedra sabão de 12 profetas: Isaias, Jeremias, Baruque, Ezequiel, Daniel, Oséias, Jonas, Joel, Abdias, Adacuque, Amós e Naum. Cada um desses personagens está numa posição diferente e executa gestos que se coordenam. Com isso, Aleijadinho conseguiu um resultado muito interessante, pois torna muito foret para o obervador a sugestão de que as figuras de pedra estão se movimentando.
Na ladeira que dá de frente para a igreja, compondo o conjunto arquitetônico do Santurário, foram construídas 6 capelas - 3 de cada lado - chamadas de Os Passos da Paixão de Cristo. Em cada uma delas um conjunto de esculturas - estátuas em tamanho natural - narram o momento da paixão de Cristo.
Toda sua extensa obra foi realizada em Minas Gerais e, além desses dois grandes conjuntos, cumpre citar outros trabalhos.
Certamente admirada em seus dias, já que as encomendas, vindas de vários pontos da província, nunca lhe faltaram, a obra do Aleijadinho caiu porém no esquecimento com o tempo, só voltando a despertar certo interesse após a biografia precursora de Rodrigo Bretãs (1858). O estudo atento dessa obra, como ponto culminante do barroco brasileiro, esperou mais tempo ainda para começar a ser feito, na esteira do movimento de valorização das coisas nacionais desencadeado pela Semana de Arte Moderna de 1922.
Antônio Francisco Lisboa, segundo consta, foi progressivamente afetado pela doença e se afastou da sociedade, relacionando-se apenas com dois escravos e ajudantes. Nos dois últimos anos de vida se viu inteiramente cego e impossibilitado de trabalhar. Morreu em algum dia de 1814 sobre um estrado em casa de sua nora, na mesma Vila Rica onde nascera.
PRINCIPAIS OBRAS DO ALEIJADINHO
Em Ouro Preto:
• Igreja de São Francisco de Assis (risco geral, risco e esculturas da portada, risco da tribuna do altar-mor e dos altares laterais, esculturas dos púlpitos, do barrete, do retábulo e da capela-mor);
• Igreja de Nossa Senhora do Carmo (modificações no frontispício e projeto original, esculturas da sobreporta e do lavatório da sacristia, da tarja do arco-cruzeiro, altares laterais de são João Batista e de Nossa Senhora da Piedade);
• Igreja das Mercês e Perdões ou Mercês de Baixo (risco da capela-mor, imagens de roca de são Pedro Nolasco e são Raimundo Nonato);
• Igreja São Francisco de Paula (imagem do padroeiro);
• Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias (quatro suportes de essa);
• Igreja de São José (risco da capela-mor, da torre e do retábulo);
• Igreja de Nosso Senhor Bom Jesus de Matosinhos ou de São Miguel e Almas (estátua de são Miguel Arcanjo e demais esculturas no frontispício);
• Igreja de Nossa Senhora do Rosário (imagem de santa Helena); e as imagens de são Jorge, de Nossa Senhora, de Cristo na coluna e quatro figuras de presépio hoje no Museu da Inconfidência.
Luis de Góngora y Argote

Poeta espanhol.Nascido em uma família rica, estudou na Universidade de Salamanca. Nomeado prebendary na catedral de Córdoba, desempenhou várias funções que proporcionou a oportunidade de viajar para a Espanha. Sua vida dissipada e composições seculares ganharam logo uma reprimenda do bispo (1588).
Em 1603 ele estava no tribunal, que havia sido transferido para Valladolid, olhando ansiosamente para alguma melhora na sua situação económica.Naquela época, escreveu alguns de seus letrillas mais engenhosas, e pegou uma frutuosa amizade com Pedro Espinosa e envolvido em briga terrível e famoso com seu grande rival, Francisco de Quevedo.Definitivamente resolvida no Tribunal de Justiça de 1617, foi nomeado capelão de Filipe III, que, como revelado pela sua correspondência, nem a aliviar as suas dificuldades económicas, assediar-lhe a morte.
Embora em seu testamento se refere a sua "obra em prosa e verso" não encontrou nenhum escrito em prosa, com exceção do 124 cartas que compõem suas cartas, precioso testemunho do seu tempo.Apesar de não ser publicados durante sua vida quase nada de sua poesia, eles corriam de mãos dadas e foram lidos e discutidos.
Em suas primeiras composições (de 1580) é adivinhado ea sátira cruel que caracterizou grande parte de sua obra posterior. Mas o estilo leve e bem-humorado deste período será acompanhado por outro, elegante e culta, que aparece nos poemas dedicados ao túmulo de El Greco ou a morte de Rodrigo Calderón. Na Fábula de Píramo e Tisbe (1617) irá produzir a união perfeita de dois registos, que até então tinham sido mantidos separados.
Entre 1612 e 1613 ele compôs a extensa Solidõespoemas ea Fábula de Polifemo e Galatéia, ambos de extraordinária originalidade, tanto temática e formal.As críticas choveram sobre essas duas obras, em parte dirigida contra metáforas altamente carregada, e às vezes até mesmo "indecoroso" para o gosto da época. Em uma característica típica do barroco, mas também gerou polêmica, Góngora quebrou todas as distinções tradicionais entre os gêneros épico, lírico e até mesmo uma sátira. Juan de Jáuregui compôs suaAntídoto contra Solidão Quevedo e atacou-o com o seu poema Alguém mal-intencionado que deseja ser educado em um dia ... No entanto, Gongora tinha vindo a incompreensão com que foram recebidos poemas extensos intrincados: "Honra-me escuro me fez o ignorante, que é a distinção de homens instruídos. "
BENTO TEIXEIRA
Muitos dados biográficos de Bento Teixeira são obscuros, inclusive seu nome completo, seus pais, data e local de nascimento. Sabe-se que era cristão-novo e deve ter vindo muito jovem para o Brasil. Estudou no Colégio da Bahia, onde também ensinou. Por ter assassinado a esposa, fugiu para Pernambuco e passou a trabalhar como mestre-escola.Foi acusado de práticas judaizantes e preso em Olinda, em 1594. Processado pela Inquisição, foi mandado para Lisboa, em 1595, para julgamento. Confessou e foi condenado à prisão perpétua, em 1599. Morreu em 1600, pouco depois de renegar o judaísmo e ser solto.
Bento Teixeira foi escritor de apenas um poema: "Prosopopéia", publicado um ano após sua morte. É uma obra encomiástica, ou seja, em homenagem ou louvação ao donatário da capitania de Pernambuco, Jorge de Albuquerque Coelho. O autor precisava assegurar a simpatia e a aprovação das autoridades, pois era fugitivo. Deste modo, elogia a administração do donatário, que realmente prosperou, devido ao investimento no plantio de cana-de-açúcar.
A importância de "Prosopopéia" está mais no fato de ser a poesia inaugural do nativismo grandiloqüente do Brasil, do que propriamente pelo valor literário. É um pequeno poema épico (94 estrofes), escrito em oitavas heróicas, semelhante ao épico Camoniano, Os Lusíadas.
OBRAS:
Canto de Proteu
Pelos ares retumbe o grave acento,
De minha rouca voz, confusa, e lenta,
Qual trovão espantoso, e violento,
De repentina, e hórrida tormenta.
Ao rio de Aqueronte turbulento,
Que em sulfúreas borbulhas arrebenta,
Passe com tal vigor, que imprima espanto,
em Minosrigoroso, e Radamanto.
De lanças, e d'escudos encantados,
Não tratarei em numerosa rima,
Mas de barões ilustres afamados,
Mais que quantos a Musa não sublima.
Seus heróicos feitos extremados
Afinarão a dissoante prima,
Que não é muito tão gentil sujeito,
Suprir com seus quilates meu defeito.
Não quero no meu Canto alguma ajuda,
Das nove moradoras do Parnaso,
Nem matéria tão alta quer que aluda,
Nada ao essencial deste meu caso.
Porque dado que a forma se me muda,
em falar a verdade, serei raso,
Que assim convém fazê-lo, quem escreve,
Se a justiça quer dar o que se deve.
"Olhai o grande gozo e doce glória que tereis quando, postos em descanso, contardes esta larga e triste história, Junto do pátrio lar, seguro e manso. Que vai da batalha a ter victória, o que do Mar inchado a um remanso, isso então haverá de vosso estado aos males que tiverdes já passado.''
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